[Pela Vida Afora] Com quantas páginas se faz um leitor?

30 de março de 2022
Daniele com sua turma no clube do Livro.

Conheça as histórias de Daniele, Glaucia e seus livros

Em um dado momento de sua vida, Daniele Shorne de Souza, editora de conteúdo do Aprende Brasil, encontrou nos livros seu maior refúgio. Graças ao hábito de leitura, conquistou uma vaga no curso de História da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde se formou. Em sua trajetória profissional, também atuou como professora por dez anos. Em 2015, ano em que concluiu o mestrado, alguns colegas com a mesma paixão decidiram formar o Clube do Livro, no qual ingressou quatro anos mais tarde.

Daniele (à esquerda) de blusa rosa, ao lado de seu marido.

Mas, para entender melhor a sua relação com os livros, precisamos voltar alguns capítulos dessa história. 

Uma página em branco sendo escrita

Tudo começou na época da escola, em 1990, quando Daniele frequentava a biblioteca para se perder, da melhor forma, em meio aos corredores e pilhas de livros. A cada obra que lia, viajava por histórias e mundos distantes, mas sem sair do lugar.  De lá para cá, muita coisa mudou, menos o desejo de ler.

Anos mais tarde, Daniele descobriu uma biblioteca volante que estacionava próximo a sua casa. Era uma Kombi, cuja a responsável foi sua maior incentivadora para a leitura. Em 2019, ela ingressou no Clube do Livro que hoje conta com 22 membros e se reúnem quinzenalmente. Sua paixão foi tamanha que se estendeu à toda a família; ao marido, Luiz Rodrigo, e ao Levi, filho do casal.

Seu amor pela leitura envolveu também o marido.

 

“Entrei para o clube em um momento que eu precisava de um fôlego novo e de pessoas novas, ventilar ideias, e o clube faz isso. Têm pessoas de várias idades, formações acadêmicas e profissões variadas, que nos fazem ver, sentir e perceber personagens, situações e contextos de diferentes maneiras”.

Inspirada pelo trabalho que realiza no Aprende Brasil, Daniele revela ainda que pretende iniciar um projeto voluntário de leitura em escolas públicas, como a da Kombi biblioteca que a transportou até aqui.

No lugar de bonecas, livros

Assim como a sua colega Daniele, a Glaucia Saltier Curi, assistente jurídica na Central Positivo, também começou a ler muito cedo. Seus presentes, quase sempre, eram obras literárias oferecidas por colegas de trabalho de sua mãe e familiares. Eles percebiam na garota sua intimidade com os livros e a estimulavam a ler.

Deu certo!

Segundo ela, hoje faz parte da sua essência o hábito da leitura. Inclusive, tem como causa apoiar crianças e jovens a desenvolverem o mesmo costume que lhe foi despertado quando criança.

Glaucia Saltier Curi

 

“Quando me refiro à leitura, não se trata de um foco exclusivo para livros propriamente ditos. A literatura engloba todo um conjunto de obras, e eu gosto de consumir tudo o que ela tem para oferecer, independentemente do gênero ou formato da história, porque a leitura nos leva aos melhores lugares possíveis”.

Seja como hobby ou profissão, para todas as pessoas, uma boa leitura traz paz, serenidade e conhecimento. Embora seja uma leitora assídua, Glaucia revela o quão difícil pode ser sugerir livros, dizer quais devem ser levados para a vida ou não, tendo em vista o caráter subjetivo e a experiência de cada história.

Seus favoritos, no entanto, são os de histórias de ficção, thrillers e mistério, também sendo extremamente apegada aos contos de Mangás e Light Novels – quadrinhos e livros de origem do leste asiático. Sua estante virtual também abraça autores nacionais independentes, como Cora Menestrelli e L.S Englantine.

Quer ver sua história sendo contada por nós? Escreve para a gente!