Pertencimento: tudo que você precisa saber

30 de março de 2022
O sentimento de pertencimento pode mudar, e muito, a sua perspectiva em relação a tudo ao seu redor.

Criar conexões no ambiente de trabalho é essencial para a promoção do bem-estar e do desenvolvimento profissional. Quando falamos do sentimento de pertencimento, experimentamos satisfação com a vida, estabilidade psicológica e enxergamos propósito em nossas ações diárias.

Para falar sobre esse assunto, o Positivo em Foco conversou com Juliano Hoesel, sócio consultor da Ponte Consultoria em Desenvolvimento e Facilitador do Programa Germinar – Desenvolvimento de Facilitadores. Confira a primeira parte dessa entrevista:

Positivo Em Foco (PEF): Uma das maneiras para transformar positivamente o relacionamento entre empresa e colaborador parte do sentimento de pertencimento. Como se dá esse processo na prática?

 Juliano Hoesel (JH): A necessidade de se sentir pertencente a algum grupo ou “tribo” é básica do ser humano. Nós nos identificamos e nos reconhecemos a partir das relações que construímos. No nosso trabalho, que ocupa um grande espaço da vida de todos nós, não é diferente.

Buscamos cada vez mais um espaço de trabalho onde possamos manifestar nossa individualidade, nossos talentos, onde possamos ser exatamente quem somos. Quando o ambiente permite que essa individualidade se manifeste, com segurança e confiança, é que o pertencimento é nutrido.

PEF: Tão importante quanto estabelecer um equilíbrio entre os objetivos corporativos e os do colaborador, é a capacidade de nutri-los constantemente. Existe uma forma para manter uma relação harmoniosa, orgânica e sustentável?

JH: Nós gostamos muito de dizer que só existe CNPJ porque vários CPFs dão vida a ele. A organização, a cultura que existe, é o reflexo dos indivíduos que fazem parte dela, especialmente os que a lideram. Quando os indivíduos se desenvolvem, a organização também se desenvolve. Ao mesmo tempo, que quando a organização se transforma, os indivíduos também são convidados a mudar. Isso nem sempre acontece sem dores.

Eu gosto de pensar que a responsabilidade de nutrir os objetivos individuais e corporativos é dos dois lados, tanto da empresa quanto do colaborador. Precisa haver uma ponte aí. Quando, de alguma forma, os colaboradores reconhecem que o propósito, os valores e os objetivos da organização estão conectados com os seus, é formada a ponte que chamamos de Identificação.

PEF: O “vestir a camisa” é sinônimo de pertencimento? Quem sai ganhando com esse tipo de postura, a empresa ou o colaborador?

JH: Todo mundo sai ganhando. Não dá para dissociar que a organização vai bem, se as pessoas que estão nela não vão. É insustentável. Vestir a camisa vai além do pertencimento, para o engajamento com as iniciativas da organização. Posso me sentir pertencente, mas não engajado a ponto de me responsabilizar pelo sucesso da organização. Engajamento e pertencimento não são simples de serem construídos, porque envolvem diversos elementos: desde a identificação com a cultura e a identidade da organização com a minha identidade como ser humano, o campo das relações com as pessoas que convivo diariamente, como pares, líderes, liderados e clientes.

 PEF: O que o líder pode e deve fazer para estimular o sentimento de pertencimento dos seus times? Dar voz aos colaboradores, assim como uma gestão participativa, são ações que podem proporcionar um clima organizacional favorável?

JH: Não há como se sentir pertencente se não houver espaço de acolhimento, respeito e vulnerabilidade. Permitir que as pessoas sejam quem são, em toda sua potência e vulnerabilidade, é fundamental para isso. O líder dá o tom na equipe sobre como será a cultura de relacionamento, se há escuta, empatia e confiança entre as pessoas. Como seres humanos, nós só nos sentimos pertencentes quando há confiança estabelecida. Essa é uma palavra-chave que precisamos cada vez mais fortalecer nos times.

Na próxima edição do Positivo em Foco, você poderá conferir a segunda parte deste bate-papo que fala sobre o que somos realmente e quando a gente ‘dá match’ com a empresa.

Até lá, o que faz você ser representado e pertencente ao Positivo? Queremos saber!

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