Educação Financeira também é saúde: como o equilíbrio com o dinheiro impacta corpo, mente e relações

10 de julho de 2025
Tempo médio de leitura: 6 minutos

 

Você já parou para pensar em como a forma como lidamos com o dinheiro pode influenciar nossa saúde? Não estamos falando só de ter ou não ter dinheiro, mas de como pensamos, sentimos e agimos em relação a ele. E é aí que entra a educação financeira — não como um luxo para especialistas, mas como uma ferramenta essencial de saúde e segurança pessoal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estresse financeiro é uma das principais causas de sofrimento mental no mundo. Isso porque a insegurança com dívidas, a falta de planejamento ou a dificuldade em lidar com imprevistos pode gerar ansiedade crônica, insônia, irritabilidade e até quadros de depressão.

E não para por aí: estudos da Associação Americana de Psicologia mostram que o estresse financeiro é um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, problemas de sono e queda de imunidade. Quando o dinheiro vira fonte constante de tensão, o corpo responde como se estivesse sob ataque — liberando hormônios como o cortisol, que, em excesso, afetam diretamente nossa saúde física.

Ou seja: educar-se financeiramente não é só sobre números. É sobre equilíbrio. É sobre saúde.

Mas o que é educação financeira, afinal?

Educação financeira é o processo de adquirir conhecimentos e desenvolver habilidades para tomar decisões conscientes sobre o uso do dinheiro. Vai muito além de planilhas: envolve autoconhecimento, planejamento, hábitos, escolhas e até crenças que herdamos sobre “como deve ser o dinheiro”.

Ela ajuda a responder perguntas como:

  • Para onde está indo o meu dinheiro?
  • Estou gastando com o que realmente importa?
  • Como posso me organizar melhor sem abrir mão do que me faz bem?
  • O que posso fazer hoje para construir um futuro mais tranquilo?

E o mais importante: educação financeira não depende da renda. Uma pessoa pode ganhar muito e ainda assim viver endividada e ansiosa. Da mesma forma, alguém com renda modesta pode ter um ótimo controle financeiro, o que proporciona bem-estar, previsibilidade e liberdade.

A saúde financeira equilibrada não se traduz apenas em conta bancária positiva. Ela permite:

  • Autonomia emocional: menos medo, mais clareza nas decisões;
  • Qualidade de vida: poder escolher com mais consciência onde investir seu tempo e energia;
  • Relações mais saudáveis: evitar conflitos com familiares e parceiros por causa de dinheiro;
  • Prevenção de crises: ter uma reserva que garante tranquilidade frente a emergências;
  • Liberdade de escolha: decidir o que você quer fazer com seu tempo e seu futuro.

O impacto psicológico do desequilíbrio financeiro

De acordo com psicólogos especialistas em comportamento financeiro, como Vera Rita de Mello Ferreira (autora de Psicologia Econômica), grande parte das decisões com dinheiro são emocionais — e não racionais. Isso significa que:

  • Gastamos por impulso para aliviar tensões momentâneas;
  • Usamos o consumo como válvula de escape emocional;
  • Temos dificuldade em lidar com frustrações e adiamento de recompensas.

Esse padrão, quando repetido, gera culpa, endividamento e um ciclo de autossabotagem emocional. Por isso, cuidar da saúde financeira também exige olhar para dentro: entender seus padrões, suas motivações e seus limites.

Se educação financeira é uma construção, ela precisa de base sólida. Confira alguns primeiros passos.

1) Mapeie sua realidade: liste seus gastos, entenda quanto entra e quanto sai. Só dá pra mudar o que é visível.
2) Crie metas reais: não precisa começar investindo na bolsa. Comece poupando 5%, 2%, 1%. O que vale é a constância.
3) Reveja hábitos: reflita se seus gastos estão alinhados com seus valores. Um café por dia te faz feliz? Ótimo. Mas aquela compra por ansiedade pode ser repensada.
4) Evite comparações: cada pessoa tem uma realidade. Foque em você e na sua evolução.
5) Busque apoio: existem cursos gratuitos e acessíveis que podem transformar sua relação com o dinheiro. Veja algumas opções abaixo.

Cursos e ferramentas recomendados (todos gratuitos!)

  • “Educação Financeira: como equilibrar suas finanças” Gestão de Gente – Smartleader.
    Curso de apenas 30 minutos que traz conceitos básicos que podem ajudar você a lidar melhor com o seu dinheiro e aproveitar mais a sua vida.
  • “Trilha da Educação Financeira” — Banco Central do Brasil.
    Plataforma interativa com vídeos e conteúdos práticos.
    Acesse: www.cidadaniafinanceira.bcb.gov.br
  • “Educação Financeira” — Fundação Getulio Vargas (FGV).
    Curso introdutório com linguagem acessível.
    Acesse: www.ev.org.br
  • “Gestão Financeira Pessoal” — Sebrae.
    Curso voltado para planejamento e controle financeiro.
    Acesse: www.sebrae.com.br
  • “Canal Me Poupe!” — Nath Finanças.
    Vídeos com dicas diretas, especialmente para quem quer começar do zero.

E no Grupo Positivo?

Aqui, reconhecemos que a saúde emocional e física também passa pela estabilidade financeira. Por isso, valorizamos ações de conscientização, oferecemos canais de apoio e buscamos dialogar sobre temas que impactam o cotidiano dos nossos colaboradores.

Se você estiver enfrentando dificuldades ou quiser aprender mais sobre como melhorar sua relação com o dinheiro, procure orientação especializada. O portfólio de benefícios disponível aos colaboradores oferece apoio, informação e acolhimento. Benup, Dr. Alper, Plano de Saúde e muitos outros podem ajudar.

Lembre-se: viver com equilíbrio financeiro é possível — e necessário. Comece com pequenos passos e celebre suas conquistas. Porque cuidar do seu dinheiro é, também, uma forma poderosa de cuidar de você.