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Estamos em 2024, quase 2025, e vemos que tudo mudou, inclusive o conceito de ensinar. Isso porque antigamente, o professor era visto como a figura central, o detentor de todo o conhecimento e a única fonte de aprendizado em sala de aula. Sua palavra era quase incontestável, e a missão era transmitir informações de maneira direta e formal.

Nesse novo cenário, ensinar é menos sobre ter respostas e mais sobre fazer perguntas certas, instigando a curiosidade e o desejo de aprender. Os desafios também são diferentes: os alunos têm mais acesso à informação.

Pesquisas em neurociência, como as realizadas pela psicóloga Tracy Packiam Alloway, demonstram que o excesso de informações digitais pode sobrecarregar a memória de trabalho das crianças. Isso gera o “paradoxo da escolha”, que é quando a sobrecarga de opções causa indecisão e ansiedade. Crianças e adolescentes de gerações anteriores, por outro lado, recebiam informações de forma mais filtrada e com menos distrações digitais, o que contribuía para um foco mais dirigido e um processamento mais profundo.

Ser professor, na geração em que estamos, traz uma resposta diferente à pergunta: por que ensinar? Diante dessa, percepção convidamos a professora de ciências do Colégio Positivo Boa Vista, Gabriele Cristo, de 36 anos, para compartilhar sua visão sobre essa nova realidade da profissão.

“Eu entrei no Positivo como professora auxiliar e, desde o começo, percebi que era ali que eu queria estar. O que me dá satisfação em ensinar é saber que, de alguma forma, estou contribuindo para a vida dos alunos. Eu ensino Ciências, e é incrível mostrar para eles novos conhecimentos que podem aplicar em suas vidas, desde atitudes até algo que assistem ou vivenciam no dia a dia. É isso que me dá satisfação: contribuir para o crescimento dos estudantes.”

Quais são os maiores desafios que você enfrenta hoje como professora?

“O maior desafio que vejo é a quantidade de conhecimento disponível para os alunos. Muitas coisas que abordamos em sala de aula podem ser acessadas fora dela. Além disso, noto que muitos alunos estão sem um propósito claro de vida, não se conhecem, e, com tanto acesso a conteúdo, acabam se distanciando da realidade e vivendo apenas no mundo virtual.”

O que é ensinar, para você?

“Para mim, ensinar vai além de transmitir conhecimento; é inspirar os alunos a aplicarem o que aprendem em suas vidas. Tento, de forma sutil, levar esse conhecimento em sala para o dia a dia deles.”

Na sua opinião, o papel do professor mudou ao longo dos anos?

“Sim, acredito que o papel do professor mudou bastante. Antigamente, o professor era visto como o detentor do conhecimento, com uma verdade absoluta. Hoje, valorizamos muito a bagagem que os alunos trazem, pois eles já buscam conhecimento por interesse próprio. Vejo como o professor também aprende com os alunos, e essa troca de aprendizado é preciosa.”

Por que ensinar no Colégio Positivo?

“O que mais me agrada em ser professora aqui no Positivo é poder trabalhar a autonomia dos alunos. Através das aulas de Maker e Global, consigo ver que trabalhamos o indivíduo de forma única, e isso é muito importante para essa geração: ensinar quem eles são e ajudá-los a se tornarem pessoas independentes.”

Essa matéria especial é em parceria com a nova campanha Banco de Talentos Docentes Bilíngue 2025, que está a procura de educadores que queiram se juntar ao nosso time. Diversas vagas estão disponíveis para serem preenchidas por aqueles que querem fazer a diferença. Se você conhece um professor que tenha interesse, peça para que ele se cadastre neste link.